Na manhã desta terça-feira (10/09), foi realizada uma audiência pública promovida pela Infraero para discutir a adaptação do aeródromo de Canela a voos comerciais, ouvindo as demandas e preocupações da população local. O evento contou com grande participação, dada a relevância do tema para o setor de turismo e serviços da região.
A mesa foi composta por importantes autoridades, incluindo o presidente da Infraero, Rogério Barzellay, o superintendente Adelcio Guimarães, Milton Zuanazzi, diretor do Ministério da Reconstrução do RS e Constantino Orsolin, prefeito de Canela.
Durante a audiência, foram discutidos os ajustes necessários para que o aeródromo possa receber aeronaves de médio porte, como os modelos ATR com capacidade para até 72 passageiros. Estudos indicam que o alargamento da pista, bem como investimentos na infraestrutura operacional, são imprescindíveis, com um custo estimado de cerca de R$ 20 milhões. Obras de sinalização e instalação de equipamentos já estão em andamento.
Além das questões operacionais, foi debatido o impacto ambiental e sonoro, especialmente considerando as áreas residenciais próximas ao local. A Infraero informou que a FEPAM será responsável pelo licenciamento ambiental e que estudos detalhados já estão sendo feitos.
Milton Zuanazzi destacou que as operações serão planejadas para minimizar os impactos, possivelmente concentradas em horários diurnos. Ele também mencionou que as companhias aéreas realizarão estudos de mercado para definir a oferta inicial de voos, com a expectativa de pelo menos um voo diário no início das operações.
Any Brocker, associada da ACIC e representante do setor turístico, reforçou a importância do aeroporto para o destino, especialmente após os desafios enfrentados nos últimos meses, e destacou a necessidade urgente de melhorias, incluindo a viabilização de um aeroporto internacional. A sugestão do trade é de que as obras iniciem a partir de 21/10 que é quando recomeça as operações no Aeroporto Salgado Filho.
Os empresários presentes manifestaram otimismo quanto às perspectivas de desenvolvimento que esse investimento trará para a região.
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